No limite do Amanhã
Neste novo longa, o astro Tom Cruise volta ao terreno da Ficção (Depois do bom "Oblivion") e assume o papelo do Cel Cage,um burocrata relações públicas do exército que defende o uso de um novo armamento, mas que a contragosto é enviado para a frente de batalha, usando a tal equipamento, para posteriormente retornar sempre para o mesmo dia (Assim como “Feitiço do Tempo” com Bill Murray) e assim ter a chance de corrigir o futuro ajudado pela personagem de Emilly Blunt (a soldado Rita Vatraski) na luta contra a raça alienígena invasora.
No inicio já somos jogados ao planeta, perplexo diante da mídia, sendo invadido pelos tais alienígenas (que lembram as sentinelas de Matrix) com velocidade e aspecto quadrúpede, com a natureza e organização de insetos em que todos agem para uma entidade dominante (nada de novidade). O diretor Doug Liman (Identidade Bourne e Jumper) e o roteiro de Christopher Mcquarrie foram inteligentes ao fazerem logo um paralelo com o Iraque invadido pelos USA (No caso a Terra é o Iraque),assim como a referências clara e direta ao Dia D e a invasão das tropas aliadas nas praias da Normandia na Segunda Guerra Mundial (Resgate soldado Ryan), na primeira cena de batalhas entre humanos e Alienígenas.E ao fato da personagem de Emily Blunt ser conhecida com a “Megera de Ferro”,lembrando obviamente a ex-primeira ministra da Inglaterra.
Após este momento a direção entrega mais referências cinematográficas. Como não lembrar imediatamente--ao ver o pelotão liderado pelo personagem de Bill Paxton-- o grupamento de “Aliens-O resgate” ,em que o próprio Paxton fazia parte (eu contei mais duas referencias claras ao filme de James Cameron).Mas que no caso de “No limite do Amanhã” eles terão mais importância no desfecho da história.
Na parte técnica as batalhas são curtas e rápidas, (muito por causa da velocidade das criaturas) e da temática do filme, onde temos planos abertos, com uma fotografia usando o tom certo das cores. Mesmo que em vários momentos, devido à mudança de cenários, gerem um contraste, como por exemplo, o uso do vermelho (inferno), passando pela cinzenta Londres do futuro. Talvez uma ressalva maior para o terceiro ato onde a ação ficou um pouco escurecida.
O grande mérito “No limite do Amanhã” é a habilidade da direção , montagem e roteiro ao fazerem , as idas e vindas da história ,não soarem algo confuso ou cansativo, o que normalmente ocorre com filmes que tratam deste tema (como o chatíssimo “Ponto de Vista”). Quando o espectador começa achar repetitivo ao voltar para o inicio da história, o roteiro nos mostra algo diferente, onde este novo item acrescenta algo e empurra a narrativa de maneira fluente, usando os acontecimentos do "passado" para influenciar a “nova versão”, mesmo que tudo seja apenas visto pelos olhos do protagonista. Como por exemplo, o fato do personagem de Tom Cruise ciente do “poder” não ter medo de tentar uma fuga ou ação arriscada mesmo que ocasione sua morte, pois o mesmo voltará ao ponto de partida.
O longa metragem não compromete ao dar a explicação para o motivo desta volta ao passado envolvendo os aliens e a personagem da bela Emily Blunt, mesmo que pouca expressiva ,tenta passar sempre a imagem da mulher forte que a personagem é (Ripley!?) em poses, dores da perda e nas atitudes que guiam o protagonista a entender o que esta acontecendo e como derrotar os invasores, devido ao fato de ter acontecido o mesmo com ela. E como não poderia de ser, a direção na parte final, cria rapidamente o conflito romântico (envolvendo cabana isolada), mas que ciente que poderia prejudica-lo, o faz de maneira econômica e o encerra dentro do contexto,antes que prejudique a história.
Finalizando, “No limite do Amanha” é um bom filme de ação e ficção,Tom Cruise ainda demonstra ter carisma e disposição , e entregou uma história se não é novidade e ter um desfecho padrão, trabalhou bem dentro da premissa e não ofendeu o público.
Cotação 3/5